Não. A crise não é feita só de coisas más. Não. A crise não se traduz apenas em textos sobre o colapso financeiro do mundo em que vivemos. Não. A crise não está unicamente na origem de protestos, manifestações e tumultos. Não. A crise não leva apenas ao fim de projectos com valor. Não. Pelo contrário. A crise é muito mais do que isso. A crise pode ser uma oportunidade. A crise é por vezes a alavanca que faltava para pôr em prática boas ideias. A crise é a incubadora de novos projectos. A crise aguça o engenho. A crise está aí – e com ela (ou talvez por causa dela, não sei bem) surgiu, entre outros projectos, a Carrossel Magazine.
Fundada pela Joana Stichini Vilela, pelo Bruno Faria Lopes e pela Helena Cristina Coelho (que mania esta do pessoal com três nomes), entre outros, a Carrossel Mag conta-nos uma história por dia. São “narrativas da vida real, com gente, problemas, sucessos, dúvidas e ambições. Da arte à economia, do perfil à reportagem, no formato que mais se adequar.” Até agora já passaram pelos hambúrgueres do Honorato, pelo festival Primavera Sound, pelo campo, pela neve, pela arte – e pelo negócio. Hoje, a Joana conta a história de Ramiro Paulino Pereira, o homem que lançou uma marca de óculos para segmentos de luxo que não é apenas “made in Portugal”. É handmade in Portugal”
Sim. A crise tem destas coisas. Das boas. Daquelas que nos deixam a pensar “que boa ideia”. Espero que resulte. Vai resultar. Tem tudo para isso.
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O Informador 