É um caso raro. Tradicionalmente, as fontes de informação dos grandes escândalos da democracia norte-americana preferem manter-se no anonimato. Foi o caso de Mark Felt, o “garganta funda” do caso Watergate e, mais recentemente, de Bradley Manning a fonte da Wikileaks. O primeiro assumiu o seu papel como confidente de Bob Woodward e Carl Bernstein já perto da sua morte. Manning foi apanhado e está a ser julgado. Mas não foi essa a opção de Edward Snowden, um antigo assistente técnico da CIA e funcionário de uma empresa que presta serviços à Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americana. Uma semana depois de começarem a ser publicadas as primeiras notícias que davam conta da intromissão do governo dos Estados Unidos em dados pessoais dos seus cidadãos, Snowden pediu para vir a público e, em Hong Kong, contou ao The Guardian a sua história e os motivos que o levaram a revelar a existência, entre outras coisas, do Prism. Através deste programam, a NSA consegue aceder às contas de email, histórico de Facebook, trocas instantâneas de mensagens, fotografias, basicamente tudo aquilo que fazemos online – e sem precisar de um mandato.
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