A Polícia Judiciária é uma instituição nobre, acima de qualquer suspeita. Os seus inspectores constituem o corpo mais avançado da investigação criminal portuguesa. A prova disso mesmo é a ausência de hesitações quando é necessário investigar a conduta dos seus próprios elementos quando surgem denúncias anónimas ou identificadas sobre comportamentos incorrectos. Já aconteceu no passado e voltou agora a ocorrer.
Em 2013, um ex-inspector denunciou a participação de alguns elementos da brigada de combate ao tráfico de droga em actos menos claros. A denúncia mereceu credibilidade por parte do Ministério Público e foi aberta uma averiguação que mereceu a concordância da direcção nacional da Judiciária. O tempo passou. Os investigadores fizeram o seu trabalho. O caso denunciado cruzou-se com outros em investigação. Mas o processo chegou aos ouvidos dos próprios suspeitos. Há algumas semanas o António José Vilela e eu soubemos o que estava a acontecer. E fizemos o nosso trabalho. O resultado foi publicado na ultima edição da Sábado.
O bom jornalismo é sempre de acarinhar como um dos bens preciosos da vida colectiva.Mesmo que por vezes não se goste das noticias.