Este texto podia ser satírico das políticas do governo. Seria liberdade de expressão. Este texto podia ser uma dissertação sobre as origens da humanidade. Seria liberdade de pensamento. Este texto poderia ser uma convocatória para uma manifestação. Seria liberdade de reunião. Este texto poderia transcrever textos bíblicos, corânicos ou hindus. Seria liberdade religiosa. Este texto poderia ser muitas coisas. Seria sempre um acto de liberdade – um dos bens mais preciosos da humanidade mas não acessível, nem entendível, por todos.
O atentado desta manhã ao semanário satírico Charlie Hebdo – que matou 10 jornalistas e dois polícias – é um ataque odioso a todas essas liberdades. É um ataque a todos nós. Que as prezamos, defendemos e que delas beneficiamos. É um ataque com o mesmo objectivo de todos os outros: fazer calar pelo medo. A melhor resposta é não permitir que tenha sucesso.
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